Têmpera é um dos processos utilizados no
tratamento térmico de metais para aumentar a dureza e conseqüente resistência
dos mesmos. O processo da têmpera consiste em duas etapas: aquecimento e
esfriamento rápido ou brusco. O aquecimento visa obter a organização dos
cristais do metal, numa fase chamada austenitização. O nome deriva do
sobrenome, Austen, do descobridor dessa fase, a qual é explicada abaixo. O
esfriamento brusco visa obter a estrutura martensita (supersaturada em carbono;
nome deriva do sobrenome Martens, de seu descobridor).
A têmpera por indução vem a ser a têmpera
localizada e superficial realizada em superfícies onde seja desejável alta
dureza, sub-superfície tenaz e alta resistência ao desgaste, onde muitos fazem
analogia ao tratamento de cementação, entretanto restringido a áreas
específicas da peça, reduzindo distorções devido às tensões internas, no
entanto, o objetivo principal da têmpera por indução é o aumento da resistência
à fadiga.
A têmpera superficial produz regiões
endurecidas na superfície do componente (de microestrutura martensítica) de
elevada dureza e resistência ao desgaste, sem alterar a microestrutura do
núcleo.
-
Vantagens comparativas do endurecimento superficial em relação ao total:
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Dificuldades técnicas decorrentes do tratamento térmico de peças de
grandes dimensões;
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Diminuição do risco de trincas em peças de grandes dimensões;
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Possibilidade de endurecimento apenas regiões submetidas ao desgaste;
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Economia - Emprego de aços de baixa temperabilidade (aços ao carbono de
custo mais baixo) no lugar de aços de alta temperabilidade (custo mais
elevado);
Produtividade – o tratamento de têmpera
superficial é mais rápido;
2 - Equipamento
Basicamente, utilizam-se bobinas elétricas e
uma fonte de energia elétrica, como um conversor de corrente alternada. Seguem
alguns exemplos de bobinas utilizadas:
Seguem alguns arranjos utilizados para o
processo:
3 - O procedimento
Basicamente, o aço é aquecido por um campo
magnético gerado por uma corrente alternada de alta frequência que passa
através de um indutor ( bobina de Cobre resfriada a água). O campo gerado
depende da resistência da corrente e do n. voltas da bobina
A camada externa é austenitizada e
imediatamente resfriada, o que provoca a têmpera.
Os métodos de têmpera superficial diferem em
função das fontes de energia utilizadas. Nesse trabalho trataremos apenas da têmpera por indução.
A energia necessária para a têmpera por
indução é fornecida na forma elétrica que se converte para a forma térmica. Um
conversor fornece corrente alternada de alta freqüência para um indutor que
induz uma corrente parasita na superfície da peça aquecendo-a rapidamente. A
temperatura depende da potência disponível e do tempo de aquecimento. A
profundidade de austenitização é basicamente determinada pela freqüência
utilizada.
A têmpera por indução é dividida em três
métodos:
• Têmpera progressiva
• Têmpera rotativa
• Têmpera estacionaria
3.1 - Têmpera progressiva
No método de têmpera progressiva a fonte de energia é acoplada à ducha de resfriamento e ambas
são guiadas sobre a superfície da peça.
Com isto somente uma zona estreita é progressivamente aquecida e imediatamente
resfriada.
3.2 - Têmpera rotativa
Na têmpera rotativa a peça gira entre o
indutor ou queimadores (para processo à chama)até que se atinja a temperatura
de têmpera na profundidade desejada. O resfriamento ocorre numa segunda
operação através da imersão da peça num tanque de resfriamento.
A têmpera rotativa é um método utilizado para
aumentar a resistência à fadiga
tanto do flanco como da raiz do dente (casos
de rodas dentadas), através da têmpera total do dente até uma profundidade de
aproximadamente 2 a 5 mm abaixo da raiz. A resistência à fadiga da raiz do
dente é igual a da têmpera dente a dente do flanco e raiz.
A têmpera rotativa por chama pode ser
considerada um método seguro e flexível.
Engrenagens de módulo 1 até módulo 20,
diâmetro até 2000 mm e altura até 400
mm podem ser temperadas. Já a têmpera rotativa
por indução das engrenagens
está limitada a pequenos diâmetros de até 350
mm em função da limitação da
potência do conversor.
4 - Dureza superficial
A máxima dureza superficial atingível depende
basicamente da quantidade de
carbono que é solubilizada na temperatura de
têmpera. Uma quantidade de
carbono de 0,3%, a dureza atingida é de
aproximadamente 50 HRC e para 0,5%
a dureza de 60 HRC.
Como não ocorre um efeito de cementação durante
a têmpera por chama e
indução, o material deve ter o carbono
necessário para a requerida dureza antes
do tratamento. Quando se utiliza materiais
para cementação, estes devem ser
cementados antes, obrigatoriamente.
Durante o resfriamento a velocidade crítica de
resfriamento deve ser alcançada
para que a austenita seja transformada
totalmente em martensita. No caso de
materiais não ligados, o resfriamento deve ser
feito quase sempre em água.
Cade a têmpera estacionária ?????
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