Corrosão Filiforme
É um caso especial de
corrosão por fresta que pode ocorrer numa superfície de alumínio sob
revestimento orgânico. Assume a forma de filamentos aleatoriamente distribuídos
com formato de espiras, e também pode ser conhecida como corrosão vermicular ou
em forma de vermes. Os produtos de corrosão formam uma protuberância na
superfície do revestimento, como colinas numa planície. As trilhas procedem de
um ou mais pontos, onde o revestimento falha. O filme superficial propriamente
dito não é envolvido no processo, exceto na função de prover zonas inadequadas
com pouca adesão, que formam as frestas nas quais ocorre corrosão, como
conseqüência do acesso da umidade em áreas com acesso restrito de oxigênio. A
corrosão filiforme em geral ocorre em ambientes caracterizados por elevada
umidade. Pode ser combatida pelo uso de revestimentos, anodização e inibidores
à base de cromato aplicados antes da pintura. A quantidade de alumínio
consumida pela corrosão em frestas é pequena e significativa apenas em caso de
pequenas espessuras ou quando a aparência da superfície é muito importante.
Mais sério é o caso de produtos de corrosão em grandes quantidades em espaços
confinados, pois sendo muito mais volumosos que o metal a partir do qual são
produzidos, podem distorcer mesmo seções com grandes dimensões.
Corrosão por Esfoliação
Detectada no meio paralelo à superfície
metálica. Ocorre em materiais que passam por grandes esforços mecânicos
provenientes de processos de fabricação. Uma vez iniciado o processo de
corrosão em superfícies de ligas de alumínio, com essas características, o
ataque pode ocorrer nas áreas afetadas por esses esforços, mais frequentemente
em frestas. Geralmente ocorre em materiais extrudados, que tiveram seus grãos
alongados e achatados. Essa forma de corrosão tem sido detectada, mais
comumente, em ligas de alumínio das séries 2.000 (Al, Cu, Mg), 5.000 (Al, Mg) e
7.000 (Al, Zn, Cu, Mg).
Pode ser combatido por tratamento térmico e
adição de elementos de liga adequados.
Corrosão Intergranular
Este tipo de corrosão se processa no interior
dos grãos cristalinos do material metálico o
qual, pela perda de suas propriedades
mecânicas, assim como na caso da corrosão
intergranular, poderá fraturar à menor
solicitação mecânica com efeitos muito mais
catastróficos que o caso da intergranular.
A corrosão intergranular é uma forma de ataque localizado na superfície metálica, na qual um caminho estreito é corroído preferencialmente ao longo dos contornos de grãos. A força motriz é a diferença no potencial de corrosão que se desenvolve entre uma zona fina do contorno de grão e o volume dos grãos adjacentes. Esta diferença de potencial pode ser devida a diferenças na
composição entre as duas zonas. Tratamentos térmicos, como solubilização de uma liga seguido por têmpera, levam à supersaturação dos elementos de ligas em solução sólida. Posteriormente estes elementos têm uma tendência para precipitar como constituintes intermetálicos. Dependendo da composição e localização destes constituintes precipitados, eles podem tornar-se a causa da corrosão
intergranular. Ligas contendo constituintes intermetálicos, uniforme e finamente distribuídos, são resistentes à corrosão intergranular.
O ataque preferencial nas regiões empobrecidas em cromo, adjacentes aos contornos de grãos, torna-se acelerado porque estas regiões tem um potencial mais anódico que ambos, os precipitados de carbonetos nos contornos de grãos e o interior dos grãos passivos (RAMANATHAN, 1992). A corrosão intergranular nos aços inoxidáveis é geralmente resultado da sensitização, termo usualmente
empregado para descrever tratamentos térmicos que tornam, ou podem tornar uma liga susceptível à corrosão intergranular (MAGRI ;ALONSO, 1995).