Instrução Técnica de Ultrassom em Juntas
Soldadas – 003
Material: Aço Cromo Molibidenio SA 387 Gr 91 Cl-2 - Inspeção de Reparo
Condição Superficial: Escovada
Objetivo: Detectar trinca de corrosão intergranular.
1-Instrução
- Esta instrução técnica detalha e
seguência as etapas para inspeção por meio de ultrassom nas solda das pás do
soprador SQA-01conforme US-001.
2-Pessoal Autorizado
2.1- - Esta instrução se aplica a inspetores
qualificados e certificados pelo SNQC/END como US-N2-AS4 .
3-Produtos e Equipamentos
3.1 Aparelho de ultrassom:
1.1 O aparelho de ultra-som deve ser tipo pulso-eco, apresentação tipo
"A", capaz de gerar freqüência na faixa de 1 a 6MHz.
3.2 Cabeçotes:
Os cabeçotes devem possuir as seguintes características:
a) cabeçotes normais (ondas longitudinais) para contato direto devem
ter cristais com diâmetro variando de 10 a 30mm ou quadrado com 10 a 25mm de
lado.
b) cabeçotes angulares (ondas transversais) para contato direto devem
ter cristais com área ativa mínima de 70 mm2.
c) cabeçotes tipo duplo cristal, normais ou angulares, para contato
direto devem ter cristais de áreas 15 a 900 mm2.
Os cabeçotes a serem utilizados devem trazer impressos, no seu corpo de
forma permanente, um código que permita identificar as seguintes
características:
a) tipo do cabeçote;
b) material e dimensões do cristal;
c) freqüência;
d) ângulo no aço;
e) index, quando tratar-se de
cabeçote angular. (Ponto de saída do som do cabeçote).
3.3 Acoplantes:
Carboxi-Metil-Celulose
4. Produto:
- Solda mais 25mm adjacentes das pás em aço cromo molibdênio SA 387 Gr 91
Cl 2 , com objetivo de detectar trincas de corrosão intergranular.
5. Condição do ensaio:
5.1 A superfície deve estar livre de respingos de solda, óxidos, carepa
de laminação, etc. que possaminterferir no acoplamento satisfatório e na
movimentação do cabeçote.
5.2 A
temperatura da superfície deve estar entre 0º e 55ºC.
5.3 A diferença de temperatura entre a superfície de ensaio e o bloco
de referência utilizado não deve ser superior a 14ºC.
6 – Detalhamento das Etapas.
6.1 Metodo de calibração -A calibração da escala de distância deve ser efetuada
utilizando-se os blocos V1 ou V2.
Bloco de referência - A calibração da sensibilidade e a traçagem da curva de
referência devem ser feitas em um bloco de referência que deve ter uma
espessura "T" relacionada com a espessura do material a ser ensaiado.
Quando duas ou mais espessuras "t" compõe a mesma
junta soldada, onde o valor "t" deve corresponder a espessura média da solda;
6.2TÉCNICA DE VARREDURA
6.2.1 A região do metal de base a ser percorrida pelas ondas do
cabeçote angular deve ser primeiramente inspecionada com cabeçote normal/duplo
cristal para se pesquisar a existência de descontinuidades paralelas à
superfície que caso existam, devem ser registradas e consideradas na realização
do ensaio com cabeçotes angulares.
7 Registros e classificação:
7.1 Todas as indicações que ultrapassarem a curva de referência de 20%
deverão ser investigadas e analisadas.
7.2 Todas as indicações com refletividade acima da curva de referência
de 50% devem ser registradas, mencionando a localização da descontinuidade, o
nível de resposta, dimensão e profundidade.
7.3 Descontinuidades que excederem ao nível de referência de 100% da
curva de referência serão consideradas reprovadas, se o comprimento exceder às
seguintes dimensões:
6,3mm para" t" ≤ 19mm
1/3t para" t" >19mm até 58mm
a) Considerar para junta de topo "t" igual à espessura da
solda, excluindo-se o reforço;
b) Para juntas de diferentes espessuras, “t" será considerado a
menor espessura.
7.4 Nos registros de inspeção em serviço deve ser observado as
seguintes recomendações:
• a
coluna de laudo não deve ser preenchida, ficando esta análise de competência do
setor de
engenharia.
• As
descontinuidades devem ser representadas em um croqui em escala, apresentando
as vistas lateral e frontal da junta e indicando o comprimento, altura e
espaçamentos;
8- Relatório dos resultados. - Deverá ser emitido um relatório de inspeção
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